Topper é a nova fornecedora de materal esportivo do Grêmio

Posso fazer parte de uma minoria, mas aprovei a escolha da Topper como nova fornecedora de material esportivo do Grêmio, a partir de 2011, substituindo assim a Puma. A fabricante alemã não obteve renovação com a Filon, com quem o Tricolor tem contrato. Sendo assim, a fornecedora brasileira entrou na disputa e ganhou o direito de fabricar o manto sagrado.

Sei que muitos preferiam Nike ou Adidas, contudo, não posso me deixar levar por grife. Não se sabe de fato se as duas maiores fabricantes se mostraram interessadas em estampar suas logomarcas na camisa do Grêmio ou fizeram uma proposta digna para realizar a parceria com o clube. Além disso, existe muito preconceito contra a Topper, talvez por ser brasileira.

Camisas do Newell's Old Boys e Estudiantes 2010, desenvolvidas pela Topper

A Puma é uma empresa multinacional, mas tampouco isso adiantou em algo. Embora a fornecedora tenha acertado nas camisas de 2005 e 2009-Libertadores,  não respeitou itens básicos, como dar a mesma espessura entre as listras pretas e azuis (a exemplo das camisas 2007 e 2010); não deu continuidades nas listras, fazendo com que a camisa ficasse estranha e sem harmonia em seu design (parte lombar da camisa 2008 e camisa 2009); além de outras extravagâncias.

Camisas do Atlético Mineiro, temporada 2010

 

Por sua vez, a Topper pode até pecar em alguns detalhes. Confesso que não gostei muito da camisa do Atlético Mineiro, apesar de achar que a vestimenta não contém um desenho absurdo ou um “crime”. Em contrapartida, as camisas do Estudiantes e do Newells Old Boys são muito bonitas. Aliás, a fornecedora tem grande reputação na Argentina.

Há quem defenda que o Grêmio devesse esperar o desfecho da negociação de Ronaldinho para somente depois fechar a parceria com outro material esportivo. Quem sabe assim, a Nike se mostraria mais disposta a estampar a sua logomarca na camisa tricolor. Contudo, essa novela pode durar até meados de janeiro e a Libertadores já bate na janela. Por essa razão, não há tempo a perder.

Segunda camisa do Newell's Old Boys 2010, desenvolvidas pela Topper

 

Tampouco se sabe, ainda, se o Grêmio usará modelos genéricos no começo desta temporada, enquanto a nova linha de uniformes da Topper não chega. Em 2005, aconteceu exatamente isso, quando o clube optou pela camisa genérica, na transição entre Kappa e Puma. Já financeiramente, não haverá mudanças. O Grêmio segue com R$ 7 milhões anuais com a Filon.

Enfim, tenho boas perspectivas com a Topper. Ao contrário da Puma, que forçava o seu padrão de determinada temporada a camisa com listras (a exemplo de 2009, que não deu certo), a empresa brasileira é mais flexível e costuma respeitar as características tradicionais do clube. Conforme desenho abaixo, publicado numa Comunidade do Grêmio no Orkut, acho que temos boas razões para acreditar numa boa parceria até 2014.

 

Desenho da Comunidade do Orkut do Grêmio, simulando a camisa do Grêmio com modelo padrão da Topper